quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ginga será alavancado por uma profusão de aplicativos abertos

Primeiro, o governo decidiu pressionar os fabricantes de TVs a incluir (obrigatoriamente) o Ginga (ou DTVi, que é o software de interatividade da TV digital) nos novos aparelhos a partir de julho. A indústria, claro, não aceitou a proposta e começou o impasse.
Agora, parece que o governo resolveu voltar atrás e aumentar o prazo para que os fabricantes de TVs adotem o recurso de interatividade. Segundo fontes do governo ouvidas pelo site Tela Viva, o decreto que estabelecerá o Processo Produtivo Básico (PPB) de televisores com o Ginga está pronto para ser publicado e deve isentar a indústria de incluir o Ginga nos aparelhos produzidos em 2012.
Em compensação, a partir de 2013, o percentual de televisores com Ginga deverá ser de 75%, considerando toda a base (modelos com ou sem acesso à internet). Será possível abater dessa cota em 2013 até 15 pontos percentuais caso haja estoque de equipamentos com Ginga produzidos em 2012. Se confirmados os percentuais, a decisão dará mais tempo para os fabricantes se organizarem, já que a meta inicial do governo era exigir 30% de televisores com Ginga ainda este ano, 60% em 2013 e 90% em 2014.
A aposta do governo é que o Ginga será alavancado por uma profusão de aplicativos abertos (o que eu duvido muito, principalmente após o sucesso do modelo de TV conectada, muito mais lucrativo para as empresas) e, sobretudo, aplicativos financiados pelo governo. Mas as mesmas fontes reconhecem que ainda não existe muita clareza sobre a questão do canal de retorno. E com a perspectiva de televisores com sistema operacional Android, que é aberto a desenvolvedores, o governo sabe que terá que enfrentar uma disputa global no desenvolvimento de aplicativos. E quem você acha que vai sair ganhando?

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